Património Arquitetónico Civil

Ourém, de um modo geral, exibe duas grandes fisionomias: a sul uma zona mais árida assente sobre o Maciço Calcário Estremenho; a norte a Bacia Cretácica de Ourém onde os sedimentos potenciam maior riqueza em água. Tais fatores naturais veicularam, desde cedo, as estratégias adotadas pelos oureenses na ocupação do território e na construção das casas e demais arquiteturas inscritas na ruralidade, afeiçoando-as aos recursos naturais disponíveis.
Reportando esta realidade para os materiais e as técnicas de construção, identificamos estruturas de calcário a sul e estruturas de terra a norte (taipa e adobe), em estreita dependência dos materiais de construção locais e demonstrando forte pendor vernacular.
Em contraponto a esta configuração de ruralidade predominante no Município, identificamos exemplos pontuais de arquiteturas desenhadas em ambientes mais urbanos, mais especificamente em espaços de decisão e centralidade político-administrativa, ou mesmo religiosa no concelho. São disso exemplo os núcleos antigos das Vilas Medieval e Nova de Ourém, ou da Cova da Iria.

PDF – Património Arquitetónico Civil- Estudos de Caracterização e Diagnóstico (2011)